A história da Cristaleria Nacional começa no início do século XX com Lorenzo Fló Badell, um artesão catalão que migrou para Porto Alegre e depois fundou, em São Paulo, a Cristaleria Nacional em 1937. Com excelência técnica e criatividade, a fábrica destacou-se pelo domínio das cores e pela qualidade artesanal de suas peças, tornando-se referência nacional no pós-guerra e participando de grandes obras, como o Santuário Dom Bosco em Brasília. Lorenzo manteve a busca constante por inovação e qualidade, chegando a contar com artesãos de Murano entre seus mais de 300 funcionários.

Com a morte de Lorenzo em 1972, seu filho Lourenço Fló Jr. assumiu a fábrica, enfrentando décadas de transformações na indústria: da crise do petróleo à concorrência dos plásticos e mudanças nas relações de trabalho. Apesar das dificuldades, a Cristaleria manteve sua produção até os anos 1990, quando foi desativada. Em 2018, cem anos após o nascimento de Lourenço Jr., a família retomou esse legado com a curadoria de peças originais, celebrando gerações dedicadas à arte do vidro.

A Amarello selecionou peças do acervo da Cristaleria Nacional fabricadas entre as décadas de 1950 e 1960, um recorte especial que carrega consigo história, técnica e beleza atemporal.