Ânfora Vesica II
Thiá Sguoti x Amarello
As peças fazem referência à uma geometria sagrada chamada Vesica Piscis, uma forma criada pela intersecção de dois círculos com o mesmo raio, em que o centro de cada circunferência está sobre o perímetro da outra. O símbolo, muito erroneamente associado ao cristianismo, na verdade descende de deuses babilônicos com forte simbologia ligada a imagem do peixe, da fertilidade, e da figura mítica da sereia. As peças aludem a um item arqueológico, com uma estética de ruína, como se tivessem sido retiradas de destroços submersos no oceano de alguma civilização antiga.
- Materiais: Cerâmica esmaltada.
- Dimensões: 31x31x8,5cm
- Peça única.
Sobre a Artista: Thiá Sguoti (1995), vive e trabalha em São Paulo. É uma artista trans cuja pesquisa gira em torno da figura mítica da sereia. Licenciada em Artes Visuais, a artista estabelece paralelos culturais e antropológicos sobre sua vivência e a mitologia, e materializa através de técnicas múltiplas questões de gênero, estética e espiritualidade enquanto investiga uma iconografia que se desdobra em formas de existências não coloniais. Sguoti cria vestimentas de caudas de peixe que permitem a metamorfose lúdica de corpos reais e imaginários e a partir disso explora outras formas de metamorfose.
Compõe o time de artistas da Revista Amarello e ingressou para a acervo do primeiro Museu Transgênero de História e Arte no Brasil, o MUTHA, e já participou de exposições coletivas como o 25º Salão de Artes Visuais de Vinhedo (2020) e o 69º Salão de Abril (2018), além de sua individual "Limites do Inconsciente" (2016) no Centro Cultural Raul de Leoni, em Petrópolis, Rio de Janeiro e feiras como a SP-Arte e ArPa, e residências como a Kaaysá Art Residency no litoral norte de São Paulo.